O Conhecimento
Desde o início da história do homem, a busca pelo saber esteve intrínseca no cerne de seu ser. O conhecimento, este gênio que fascinou reis e plebeus, atormentou déspotas e homens de fé.
Tentaram prendê-lo em conceitos mundanos, mas ele rodopiou em meio as grades deixando a todos atônitos.
Tentaram catalogá-lo, mas ele se mostrou como o mais versátil dos atores.
Tentaram estudar seus passos e seu modo de agir, mas ele mostrou-se turbulento e instável, como a sorte dos ventos ao mar.
Poucos foram os que conseguiram seduzi-lo e somente à esses, ele se despiu. Àqueles que o alcançaram ele sussurrou seu nome ao pé do ouvido, como o vento displicente e delirante, com cor de loucura e epifania.
Estes poucos juraram guardar seu nome em segredo, contudo, mesmo que o gritassem, ninguém o ouviria, ninguém o entedia; pois qualquer um que quisesse ouvir seu nome teria que encontrá-lo por seus próprios esforços, percebê-lo explanado no berro de uma flor que desabrocha.
Assim transitam pelas vielas da história do mundo, o conhecimento e seus comparsas, em piruetas desdenhosas e caprichosas rindo das peripécias de quem tenta capturá-los.
(C.Keilhany)
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